Um casal feliz unido pela arte do café? Depois da premiação recebida nos campeonatos promovidos no final de setembro pela Associação Brasileira de Café e Barista, mais ainda. Leo Moço e Estela Cotes – marido e mulher -, foram os vencedores. O “casal 20 do café” saiu de Belo Horizonte com os troféus e vai se preparar para representar o Brasil nos respectivos campeonatos mundiais (World Barista Championship e World Brewers Cup) em Dublin, na Irlanda, em junho de 2016. Ele ganhou o 15º. certame brasileiro de Barista, ela venceu o 5º. campeonato do preparo de café, as duas principais competições do setor e levaram os títulos para o Barista Coffee Bar de Curitiba. Leo ganhou pela segunda vez o troféu e Estela estreou na competição.
O café do Paraná e os produtos locais foram tema da apresentação do carioca erradicado em Curitiba, Leo Moço, que completa 10 anos de carreira em 2015. O preparo de quatro espressos, quatro cappuccinos e quatro drinques de assinatura foi realizado com grãos da fazenda Sitio Mori, do produtor Evilásio Mori, em Cambira (PR), selecionados, fermentados e processados exclusivamente para a competição. “Fizemos um trabalho em conjunto. Colhemos o café e o deixamos fermentar em terreiro suspenso. Queria uma bebida extremamente frutada, com acidez tartárica, lembrando um vinho tinto”, explica. Um dos objetivos era mostrar a importância do trabalho do barista junto ao produtor e como essa união pode elevar a qualidade do café.
A presença da mulher na cadeia produtiva do café foi o tema da apresentação de Estela Cotes, mulher e sócia de Leo. Para lembrar da importância da participação feminina na indústria como produtoras, empresárias, mestres de torra, baristas, Estela levou um blend entre Etiópia e Brasil para a prova dos jurados. A valorização feminina em um meio historicamente masculino foi comemorado. “O café torrado pelo Leo resultou em uma bebida bem feminina, com notas florais e frutadas, bem equilibrado, com corpo presente, incrível. Meu objetivo não era fazer um discurso feminista, mas sim mostrar na xícara como nosso trabalho em toda cadeia produtiva, pode ser muito bem sucedido. E como unidos nós podemos ir mais longe!”, afirmou.
Fonte: http://www.redepeabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=58553