Escolha seu Idioma:

    Informativo

Apex-Brasil faz parceria e evento para ajudar empreendedora a exportar

02/06/2015
.:: conteudo_20247_1.jpg ::.

Women Vendors Exhibition and Forum será realizado em São Paulo, nos dias 1, 2 e 3 de setembro deste ano

A Apex-Brasil assinou nesta quinta-feira (14/5) uma parceria estratégica com o International Trade Centre (ITC) para realizar um evento inédito com foco no empoderamento feminino por meio das exportações. O Women Vendors Exhibition and Forum será realizado nos dias 1, 2 e 3 de setembro deste ano, em São Paulo. 

O ITC é uma agência de desenvolvimento que pertence tanto à Organização Mundial do Comércio quanto à Organização das Nações Unidas. A ideia por trás do acordo com a Apex é usar as exportações como um motor para incentivar a independência econômica das mulheres - que representam de 40% a 45% de todos os donos de pequenos e médios negócios no mundo. "Quando colocamos dinheiro nas mãos de mulheres geramos investimento em educação, saúde e alimentação. Por isso, entendemos que ajudar as mulheres a se tornarem independentes financeiramente é uma maneira de combater a pobreza e estimular o crescimento de países", disse Arancha González, diretora executiva do ITC. 

Já a Apex-Brasil tem como principal função capacitar pequenas e médias empresas para a internacionalização. "Esse tipo de acordo é importante porque, além de falar sobre um assunto politicamente correto, que é a igualdade de gênero, tambem é uma maneira de atingirmos nosso objetivo de fomentar as exportações", disse David Barioni Neto, presidente da Apex-Brasil.

O evento ocorre antes da próxima reunião da ONU em Nova York, que será em setembro também. O encontro entre líderes de estado discutirá a agenda de desenvolvimento para os próximos anos e um dos assuntos em pauta é o empoderamento feminino. "Há 20 anos, desde a primeira Conferência Mundial Sobre a Mulher, em Pequim, tem se feito muito para combater a violência de gênero e ampliar a participação feminina no governo. Mas muito pouco foi feito para estimular a independência econômica das mulheres", disse Arancha. "Queremos fazer isso antes da reunião em NY para dizer aos líderes que estarão lá que é possível ajudar a independência financeira feminina."  

As edições anteriores da Women Vendors Exhibition and Forum ocorreram na China, México e Ruanda. Para participar é preciso que os negócios tenham ao menos 51% de sua posse nas mãos de mulheres. O foco do evento no Brasil está nos setores de café, tecnologia da informação, serviços e alimentos gourmet. Segundo Barioni, a maior parte dos participantes deve ser médias empresas por elas já estarem há mais tempo no mercado nacional e, portanto, mais maduras para entrarem no mercado estrangeiro.

Dificuldades

De acordo com Arancha, do ITC, as empreendedoras de todo o mundo enfrentam três principais dificuldades: falta de informação inicial, pouco acesso ao crédito e legislações que limitam a atuação econômica feminina. Segundo ela, 90% de todos os países do mundo possuem pelo menos uma lei que discrimina a mulher no exercício econômico. "Teremos painéis para discutir obstáculos concretos à atividade empresarial das mulheres e a ideia é irmos acabando com as diferenças, pelo menos do ponto de vista legislativo", disse.

Fonte: http://revistapegn.globo.com